terça-feira, 31 de maio de 2011

Maybe



Talvez passos tortos sejam necessários para assim encontrar o caminho certo. Já caminhei para lados muito distantes aos teus, mas parece que no fim nossos caminhos resolvem se unir novamente. Eu não acredito em destino, até agora. Prefiro deixar que o tempo, a vida, as nossas ações involuntárias nos mostrarem quem deveremos ser, juntos ou não. Queria saber explicar ao meu coração o certo e o errado, o simples e o complexo, o real e a ilusão. Mas ele teima em não aprender, como sempre fez. Tudo isso para me confundir entre teu mar de compreensão ou à poça de sonhos do outro lado da avenida.
Talvez eu precise me perder mais para te achar no fim de tudo. Ou eu simplesmente deva ficar parada e aguardar o momento em que nossos corações voltarão a entrar em sincronia com o ritmo de nossas palavras doces ao fim da tarde de inverno. Já sabes todos meus gostos, desejos, pensamentos… Ah, como isso me deixa inquieta. O fato de saber os meus pensamentos. Ainda não me acostumei com essa transmissão que existe desde tempos em que a memória falha. É incrível como a distância não impediu que sonhos profundos atravessem paredes maciças de mágoas.
Talvez devêssemos deixar tudo como está, porque somos feliz assim. Ou deveríamos mudar algumas coisas para sermos ainda mais completos? Quem sabe o tempo, de novo, não nos ensine algumas coisas… Mas as palavras vindas em minha direção sempre vão me afetar de uma forma ou de outra. Mas lembra que eu não senti nada muito recíproco. Mas, como eu disse e tu sabe, eu me confundo bastante.
Talvez eu tenha tanto medo de tomar a decisão errada na hora certa. E mais ainda a certa na hora errada.

domingo, 29 de maio de 2011

Não queira deixar



Dá pra dar uma fugida rápida de tudo que me cerca e deixar as lágrimas, pensamentos e sentimentos rolarem soltos, mas pra bem longe de mim? Diz que sim. É disso que eu preciso. Preciso de um tempo meu, sem nós. Preciso me encontrar pra tentar te entender. Preciso esclarecer as coisas comigo pra saber o que falar pra ti na hora certa, no tom certo. Preciso acertar o timbre da minha voz para saber que palavras usar quando teu olhar encontrar o meu. Preciso, preciso, preciso…
Preciso de ti com a mesma intensidade com que ando querendo deixar pra trás as coisas que pensei que eram verdadeiras. Talvez fossem. Talvez sejam. Mas hoje estou míope. Não sei se meu problema de visão está embaçando as coisas entre nós ou se realmente isso tudo está se apagando. Esfriando. Congelando. Não quero que nenhuma palavra te atinja, mas caso isso acontecer, é bom saber que aqui desse lado o muro racha. O muro quebra. O muro desmorona com a mesma velocidade que se ergueu. Não queira deixar a última pétala da rosa cair e se perder no vento. Não queira deixar a última canção acabar e não haver “modo repetição” no final. Não queira deixar as mensagens serem apagadas automaticamente por serem antigas. Não queira deixar eu ir embora. Porque pode ser pra sempre.
Felicidade não deveria ter prazo de validade. E eu ainda carrego comigo as esperanças de que não tenha. But I’m just trying…

terça-feira, 24 de maio de 2011

Be Mine



Tem vezes que somente a distância, a saudade, a ausência e o silêncio servem de consolo e de reposta para as perguntas que não fiz. Em meio a essa chuva que gela cada dedo, cada fio de cabelo, cada parte de mim eu te encontrei. Estranho, pois geralmente as gotas embaçam a minha visão de uma forma agoniante. Porém, contigo tudo foi meio às avessas. E sabe o que é mais estranho em tudo isso? Eu gosto. Gosto do jeito como sabemos ler entrelinhas. Gosto do perfume que tu deixa no ar, mesmo quando não passa por mim. Gosto do calor que emana de teu peito no mais frio dia de inverno. Gosto  da sinceridade do teu sorriso escondido entre a minha mão e o teu olhar desviado.
Gosto de tudo que não me deixa esquecer, por mais que não tenha forças de me fazer lembrar. Eu só ainda não descobri porque insisto em usar binóculos para procurar quem está longe se tenho a sinceridade e um coração vazio ao meu lado, só esperando a hora certa de disparar ao meu encontro. É imensurável o tamanho da minha vontade de correr ao teu alcance e poder conferir se todos meus sonhos realmente têm fundamento. Wish me luck.
Olho pro lado, mais uma vez. Lá vem você, resistindo à força do vento que te empurra na direção oposto. Venha, corra, seja forte e me leve para longe de meus devaneios intermináveis sem tua presença logo ali. Faça de conta que o nunca não existe, que o pra sempre e agora é interminável e que o impossível é um falso alerta. O vento está diminuindo. Você consegue. Tire de mim essas lentes de aumento e me deixe sentir todos teus sentimentos colados ao meu peito vazio de emoção. Sobrecarregue meu coração de esperança e leve embora toda ilusão e mágoa acumulada.
Eu sei, você pode. Acabe com a saudade, faça a distância perder a força, torne audível a tua voz e ocupe o lugar vazio ao lado meu.

Não-Explícito



Falar do explícito não me atrai. Gosto de pensar naquilo que não posso ver, não posso tocar e, às vezes, não posso sequer sentir com meus sentimentos mais intensos. Querer encontrar o vazio faz parte de uma rotina incansável, que ao mesmo tempo busca pelo completo, pela metade, pela certeza. Certeza essa de que as buscas não são em vão, os olhares não se perderão e os sorrisos jamais deixaram de refletir o brilho da tua esperança. Da nossa esperança. Falar do nada é como sentir frio no dia mais quente do ano. É como sentir sede após beber dois litros d’água. É como querer e não poder. Nem ter, nem perder, nem ganhar, nem lutar, nem sorrir.
Aquilo que não posso ver me chama a atenção de uma forma incontestável e inexplicável. Destinos, lugares, palavras, sentimentos. Tudo se mistura de uma forma perfeitamente simétrica quando os batimentos de nossos corações estão em sincronia. Se for pra ganhar, que se ganhe. Se for pra perder, que se lute. Se for pra fazer, que valha a pena. Cada segundo não pode ser desperdiçado. Os clichês do “que seja eterno enquanto dure” e “só sabem valorizar quando perdem” às vezes se encaixam perfeitamente.
Sentimentos fortes não precisam ser explícitos. Olhares dizem tudo. E a você só dedico sorrisos, meias palavras e abraços eternos. Corra. Estarei esperando. Assim como me esperaste. Esperaremos. E sejamos felizes. Como nunca. Sem pontos finais. Porque histórias verdadeiras não acabam com “foram felizes para sempre”. Elas simplesmente não terminam.

É, hoje vou tentar falar algo que represente o momento que eu estou vivendo, ou seja, meu presente. Hoje eu me vejo como uma pessoa totalmente diferente à pessoa que eu era ano passado, eu poderia me definir como uma pessoa sonhadora, cheia de planos, porém com poucas oportunidades, uma pessoa que se apaixonava fácil por qualquer um que falava 'euteamo' e era fofo comigo. Sim, eu era assim. E hoje eu vejo como eu fui tola, tola mesmo! Só que dizem que a gente só aprende quando quebra a cara, certo? E o meu momento chegou, demorou mais chegou, e eu agradeço muito por ter quebrado a cara pra valer, hihi.
Antes eu ouvia tudo quietinha, sem retrucar, e hoje eu tenho argumentos em certos assuntos que até eu me surpreendo com algumas coisas que saem da minha boca. Antes eu sofria calada, agora eu explodo. Antes eu deixava que zombassem de mim, hoje eu rio deles antes mesmo de pensarem em brincar comigo, e assim eu estou vivendo. Tenho meus momentos de emo, como gostam de falar, e não tenho mais medo e muito menos vergonha de chorar; aprendi que lágrimas são mais verdadeiras do que sorrisos que a gente encontra na rua ou até em meios sociais.
O que mais acaba comigo é a falta de consideração de algumas pessoas, isso acaba com a minha auto estima mesmo! A minha frieza hoje, me assusta um pouco mas o meu momento troxinha já passou e não sinto falta dele. Apenas me defino como uma pessoa que pouco acredita em amor verdadeiro porque só eu sei o quanto eu sofri; e parece que ninguém realmente me entende. Mas conforme os dias vão passando, eu vou me entendendo sozinha e chegando às minhas próprias conclusões. Eu não mudei, apenas não estou igual!

sábado, 7 de maio de 2011

Secret


Do sem cor para o colorido. Logo, do preto para o vermelho. Cadê aquele reflexo no espelho que eu costumava a ter? Desapareceu do nada? Eu acreditava que sim...
E só isso que tenho a dizer.
– Vento de inverno –

E depois tudo revigora, tudo volta ao normal. Ou tudo se modifica.
Eu costumava esperar por algo que nunca chegaria, algo que eu impendi de chegar ou até mesmo de voltar. Mas eu só agradeço.
Não ligo para o que vão pensar – apesar de eu ligar muito para o que as pessoas pensam, mesmo não querendo. Sobre isso, se relata apenas sobre eu e você. E o clichê: o resto é o resto.
Essas mudanças me enlouquecem, mas eu to amando. Quero saber lidar com a sorte e a oportunidade juntas, é apenas outra coisa que eu peço.
Mas vamos lá, companheiro. Vamos ver até onde iremos chegar. Juntos ou não.